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Erros comuns na conservação de vacinas


A rotina diária de um estabelecimento veterinário ou de um comércio de produtos veterinários é intensa, seja em atendimentos, cirurgias ou internações. Além da qualidade do serviço prestado, o profissional deve estar atento aos procedimentos praticados e os insumos utilizados. Prazo de validade dos medicamentos, acondicionamento, procedimentos operacionais podem não receber a atenção devida, e serem motivos de autuações para o estabelecimento. No artigo de hoje, vamos falar sobre a importância do controle de temperatura e também conservação dos imunobiológicos acondicionados em geladeira específica.


Segundo as boas práticas no estabelecimento veterinário, determinadas pela Resolução CFMV nº 1275/2019, o armazenamento de medicamentos, vacinas, antígenos e outros materiais biológicos somente poderá ser feito em geladeiras ou unidades de refrigeração exclusivas, contendo termômetro de máxima e mínima, com registro diário de temperatura. Além disso, não é permitido armazenar outros produtos com finalidade diversa a essa, por exemplo alimentos ou bebidas. Também, conforme orientações do Ministério da Saúde, os refrigeradores de uso doméstico e frigobares não são indicados para o armazenamento de imunobiológicos, pois são projetados para a conservação de alimentos e produtos que não demandam precisão no ajuste da temperatura, não atendendo os requisitos de qualidade e segurança estabelecidos para os produtos a serem refrigerados. Em caso de uso, o Ministério da Saúde recomenda medidas de segurança listadas no Manual de rede de frio do programa de imunizações. Mas lembramos que essa é uma orientação técnica para a área humana, que pode ser usada por similaridade para área veterinária, não havendo legislação impositiva sobre essa situação.


Além disso, o acondicionamento deve ser feito de forma estratégica, evitando excesso de quantidade e má refrigeração do estoque armazenado. Caixas de papelão ou de isopor, por exemplo, devem ser evitadas, pois bloqueiam a circulação de ar.


Não é recomendado o armazenamento de insumos na porta do refrigerador visto que pode haver variação de temperatura neste local, inclusive a recomendação é retirar os suportes existentes. Importante frisar que deve haver procedimento de limpeza e descongelamento do refrigerador com a devida frequência, impedindo o acúmulo de gelo, e podendo ocasionar assim redução de temperatura ou até mesmo congelamento das vacinas armazenadas.


Importante destacarmos a importância da calibragem a manutenção do termômetro. Se possível seria interessante até o uso de dois equipamentos para certificar que a temperatura está adequado e não está ocorrendo desvio. Além disso há a necessidade de anotação da temperatura mínima, máxima e de momento, duas vezes no dia, todos os dias da semana. Já há no mercado termômetros que registram as temperaturas de forma digital, podendo ser verificada inclusive à distância. Nas clínicas, consultórios e hospitais veterinários ou nos pet shops é possível fazer a zeragem da temperatura do termômetro, para que seja possível verificar a variação dentro de determinado período. Já nos estabelecimentos comerciais que comercializam vacinas de campanhas oficiais, como brucelose e aftosa, essa zeragem só pode ser realizada pelo fiscal da agência de defesa do estado.


Caso utilize um termômetro digital, destacamos também a necessidade de posicionamento adequado do bulbo, adereço que capta a temperatura e transmite ao visor. Interessante ser colocado o mais próximo do estoque de vacinas, para que seja preciso na aferição. É comum vermos preso na porta, na lateral da geladeira ou até mesmo na base da geladeira.


Garantir que as vacinas sejam armazenadas nas condições adequadas é essencial para a garantia da qualidade do produto e a saúde dos animais que estão recebendo esses insumos, e o RT tem papel fundamental neste processo.


Abraço da equipe Rtvets.


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